terça-feira, 31 de agosto de 2010

Seu Anjo da Guarda!


Quando eu vejo seu sorriso
Lágrimas escorrem por meu rosto e não posso fazê-las voltar
E agora que eu sou mais forte descobri
Como esse mundo se torna frio e abre caminho até minha alma
E eu sei que descobrirei bem no fundo que poderei ser o único

Nunca deixarei você cair
Eu estarei de pé com você eternamente
Eu estarei lá por você do começo ao fim de tudo
Mesmo se salvar você me envie para o céu

Tudo bem, tudo bem, tudo bem
As estações estão mudando
e as ondas se quebrando
e as estrelas estão caindo todas por nós
Os dias aumentam e as noites diminuem
Eu posso te mostrar que serei o primeiro

Nunca deixarei você cair
Eu estarei de pé com você eternamente
Eu estarei lá por você do começo ao fim de tudo
Mesmo se salvar você me envie para o céu

Por que você é, você é, meu verdadeiro amor, de todo meu coração
Por favor, não o jogue fora
Por que eu estou aqui por você
Por favor não se vá
Por favor diga que você vai ficar, ficar

Me use como você quiser
Me persua sutilmente só por emoção
E eu sei que ficarei bem
Embora meus céus se tornem cinza

Nunca deixarei você cair
Eu estarei de pé com você eternamente
Eu estarei lá por você do começo ao fim de tudo
Mesmo se salvar você me envie para o céu

Nunca deixarei você cair
Eu estarei de pé com você eternamente
Eu estarei lá por você do começo ao fim de tudo
Mesmo se salvar você me envie para o céu

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ele era real e havia dado um jeito de me alcaçar em um sonho!


- Engano seu, meu amor. Eu a sinto dentro de você.
Suas asas me apertaram o corpo, trazendo-me mais para perto dele. Apesar de sua forma física ser parcialmente imaterial, eu o senti. Suas asas eram macias. Frias como o inverno mais gelado, em contraste com meu sonho, que emanava calor. O contorno de seu corpo era uma névoa gélida. Ela me queimou a pele, emitindo correntes elétricas que me aqueceram com um desejo que não seria sentir, mas ao qual não conseguia resistir.
Sua risada era sedutora. Desejei me afogar nela. Eu me debrucei, fechando os olhos e arfando alto ao sentir o calafrio de seu espírito me roçando os seios, emitindo pontadas agudas que eram dolorosas, mas ao mesmo tempo deliciosamente eróticas atingindo partes do meu corpo de um mesmo jeito que me tirava o autocontrole.
- Você gosta da dor. Ela lhe dá prazer - suas asas ficaram mais insistentes e seu corpo, mais duro e frio, e mais apaixonadamente doloroso quanto mais me apertava contra si. - Renda-se a mim - sua voz, que já era linda, foi ficando inimaginavelmente sedutora à medida que ele se excitava. - Eu passei séculos em seus braços. Desta vez, nossa união será controlada por mim, e você vai se regojizar com o prazer que posso lhe dar. Abandone as correntes da Deusa distante e venha para mim. Seja meu amor de verdade, em corpo e alma, e eu lhe darei o mundo!
O sentido de suas palavras atravessou a névoa de dor e prazer como um raio de sol evaporando no orvalho. Recuperei minha força de vontade e saí do abraço de suas asas. Ramos de fumaça negra e gelada serpentearam ao redor do meu corpo, me apertando... tocando... acariciando...
Eu me sacudi como uma gata irritada e molhada de chuva, e os filetes de fumaça deslizaram pelo meu corpo, afastando-se.
- Não! Eu não sou seu amor. E nunca vou abandonar minha Deusa!
Quando disse isso, o pesadelo se desfez.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Já faz algum tempo!


Nenhuma verdade me machuca, nenhum motivo me corrói; Até se eu ficar só na vontade já não dói. Nenhuma doutrina me convence, nenhuma resposta me satisfaz... Nem mesmo o tédio me surpreende mais. Nenhum sofrimento me comove, nenhum programa me distrai; Eu ouvi promessas e isso não me atrai.
E não há razão que me governe, nenhuma lei pra me guiar... Eu tô exatamente aonde eu queria estar. Mas eu sinto que eu tô viva a cada banho de chuva que chega molhando o meu corpo...
A minha alma nem me lembro mais em que esquina se perdeu ou em que mundo se enfiou...
Mas já faz algum tempo, já faz algum tempo... Mas eu não tenho pressa, já não tenho pressa...

domingo, 8 de agosto de 2010

Arquivos de um anjo caído!



Por onde andam todos os anjos? Os meus anjos... Eles se foram?

O ódio corroeu-me. Não consegui aguentar. Eu a matei. Ele me expulsou. Caí nesse lugar imundo cheio de luxúria, inveja e avareza. [...] O que? Por que me olhas assim? Duvido que não teria feito igual a mim. Ela roubou tudo que eu tinha: meus amigos, minha família, meu amor. Até Rafael me abandonou...
O anjo protetor... Meu anjo protetor, meu melhor amigo. Ele ficou do lado dela, disse que eu estava ficando louca. [...] O ponto é que ela roubou tudo que eu tinha. O Criador que estava errado em me expulsar de lá, pois ela quem roubou tudo de mim.
Agora estou aqui, perdida. Minhas asas dilaceradas, não faço mais parte dos imortais. Sou um anjo caído, sem ninguém. Sem Miguel, sem Rafael, sem Azazel... Sou vazia, perdida.
Eu rezaria, se soubesse que Ele iria atender minhas preces, mas hoje, já nem sei mais o que é isso. A fé é algo que perdi. Acreditar naqueles que te dizem "Você está louca!", nunca mais. [...] E quando Ele perder a fé eu estarei aqui, neste lugar sujo pelo sangue daqueles que Ele mesmo tirou a vida, esperando para que seu exército de imortais desça... Esperando para que o líder de seu exército desça. Estarei aqui, esperando para me vingar. Para tomar minhas asas de volta daquela que me tirou tudo e daquele que acreditou nela. Eu estarei aqui.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Alma minha gentil que te partiste!



Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luíz Vaz de Camões